terça-feira, 23 de abril de 2013

Reflexologia: um presente


Meu primeiro encontro com a reflexologia foi através de um presente. Minha amiga Eleanor Gough, diretora de uma escola na Inglaterra, da qual eu era representante e para onde levava grupos de adolescentes para passarem cerca de três semanas, deu-me logo ao chegar três vouchers para sessões de reflexologia com cromoterapia. Ao receber o presente, eu sabia o que era cromoterapia, mas não fazia ideia do que seria a reflexologia. Fiquei feliz com a lembrança, mas decidi, por conta do meu jet legging, não perguntar. Que ninguém tenha dúvida de que o meu trabalho, ao longo de doze anos, levando grupos de adolescentes para estudar durante a parte da manhã, hospedados em diferentes casas de família inglesas no entorno da escola e cumprindo uma programação vespertina, era, apesar de interessante e desafiador, muito estressante.

Consegui abrir uma brecha na agenda apertada e agendei com a terapeuta Margareth a sessão da primeira semana. A sala era completamente branca (móveis, paredes, carpete e cortina), com exceção da parede que ficava em frente à cadeira branca de terapia, que tinha um escaninho com toalhas felpudas com todas as cores do arco íris. Um lindo contraste, mas ainda desconhecia a terapia e não dei o braço a torcer. Música suave e perfume de lavanda no ar. Foi quando a terapeuta começou a massagem em um dos meus pés, identificando e resolvendo problemas que eu até então desconhecia, enquanto o outro permanecia envolvido em toalha fofa amarelo ouro. Senti um tremendo bem estar logo na primeira sessão e voltei para casa cheia de energia e muito relaxada. Margareth mudou a cor da toalha na segunda sessão (rosa claro) e também na terceira (azul claro). Só consegui na verdade sentir o valor do presente na segunda sessão quando, já livre de vários pontos de estresse que a terapeuta identificava rapidamente, experimentei momentos de extrema conexão e paz. Só então pude sentir a importância e o valor do presente que me haviam oferecido. Em outras ocasiões, antes de viajar, já agendava a reflexologia e por um tempo fiquei quase que dependente dessa terapia.

Quando parei de viajar a trabalho e, por não encontrar no Rio, naquela época, terapeutas em reflexologia, o assunto ficou esquecido, mas a associação da terapia como um presente de alguém que se importa com o nosso bem estar ficou para sempre. Agora, trabalhando com noivas e eventos, fui apresentada pelo Dodo do Portal do Oriente ao João Marcelo do Spasa, que vinha com a proposta de utilizar a reflexologia em festas. Em uma semana teria um evento no qual a mulher do aniversariante pediu-me sugestões de brindes para os seus amigos. Levei a proposta do Spasa para a Renata, que a aceitou prontamente, e incorporamos um espaço Zen na decoração da festa: um sucesso! Os convidados sentiram-se exatamente como eu havia me sentido: alguém-pensa-no-meu-bem-estar. Na arrumação do espaço, contamos com os móveis “tudo a ver” do Portal do Oriente, algumas peças do acervo pessoal do João Marcelo, decoração floral do Sr. Joaquim, de A Roseira, e por minha conta e risco coloquei um difusor de aroma de lavanda: pura associação de ideias.